para charlie, aquele que suporta minhas
“idéias mirabolantes”.
eu? eu sou como um vira-lata vagabundo, perdido no mundo, sem coleira & sem patrão. detesto falar de mim, do que tenho, de onde eu venho & pra onde eu vou. odeio me deixar conhecer ou conhecer o pai, a mãe, os amigos, o cachorro & o diabo à quatro. mas, se eu fizer algo parecido, pode ter certeza que saio mesmo do mercado das solteiras. não consigo ficar muito tempo sozinha, mas sondo a solidão com uma paixão adolescente, porque ela me remete à liberdade, ou seja, a tudo no mundo que não quero perder. tenho poucos amigos, a maioria que anda comigo é vampira, criaturas que me traem, me abandonam ou me atrapalham nos momentos cruciais. tenho & não tenho vergonha de sair fora do padrão, tenho & não tenho preconceito comigo mesma, dos meus amores estranhos, dos meus empregos malucos & daquilo que sou. pessimista romântica, sustento um mundo tão grande aqui dentro, que as palavras custam à saltar pela boca. gosto do modo silencioso... do ausente... ocupado. moro no hotel dos corações partidos. contraditória sempre, falo por eras a fio, faço pessoas rirem... palhaço triste disfarçado. se eu te quiser & você me quiser, só sei de uma coisa: será intenso, seja como for... intenso. mas se você não me quiser ou eu não te quiser, esteja preparado para verdadeiras estratégias de fuga... das de guerra, você nunca mais vai ouvir falar de mim. vivi muito, andei por muitas estradas, mas não me canso fácil. se me convidar pra rodar por um novo caminho, serei companheira & fiel. só não me venha com mentiras ou senso comum que, no mais, seremos felizes... até quando... eu não sei.
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