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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Uninverso em Dallas

Dou-me a honra, nessa semana, de não somente falar de uma obra, como de várias obras e de um autor que conheço e admiro. Uma história interessante que teve início esse ano. Nos primeiros dias como repórter no Jornal Voz do Oeste, minha colega e ex-colega de Jornalismo (não estudamos no mesmo período, mas na mesma universidade), Mariane Kerbes, pediu com naturalidade: “Você conhece Fábio Dallas?” Eu disse: “Não, não conheço”, sentindo-me uma espécie de criatura ignorante e reclusa. Assim, ela passou três livros: “Uninverso” (volume 1 e volume 2) e “A saga de Robalino Severino Cruz das Almas” (Parte I: Homem-Mineral). Ela comentou que ele era daqui e tinha também um blog.
Li um pouco das obras, olhei o blog <http://fabiochristianoduarte.blogspot.com> e formei uma ideia particular do que seria Fábio Dallas. Passou-se um tempo, comecei a estudar filosofia à maneira clássica e também a fazer um ateliê de poesia dado por Edes Noel do Amaral Júnior. Sempre via nesse ambiente todo um ser estranho, desconhecido por mim, até o dia em que estávamos discutindo os heterônimos de Fernando Pessoa e a voz com sotaque carioca disse que Fábio Dallas era um heterônimo, nascido em 1985, criado por ele, Fábio Christiano da Costa Duarte. Minha surpresa transformou-se em fala e da fala, um orgulho de dividir as cadeiras de plástico das aulas de filosofia e poesia com aquele grande poeta.
Tive a chance de conhecer, não somente o poeta, como o ator Fábio Dallas ou Fábio Christiano da Costa Duarte, encarnando um oráculo e também encenando um belo poema seu, “lilith”, em um sarau de contos, mitos e outras histórias. Apagou a luz, ascendeu a vela, segurou nas mãos, ligou o som e pôs-se a interpretar. “após o verbo, vinhas tu, bela, tu e a luz, almas-gêmeas. no princípio... vai lança no abismo este iconoclasta de uma vez por todas! não temo tempo de me encontrar morto ou vivo! tudo está revelado fotografia cósmica! perdoa lilith, te amava! eu não sabia!!!” Apagou o fogo com um sopro em minha frente. Escuridão. Aplausos.
Tornei-me fã, definitivamente.

(Texto escrito na madrugada do dia 10 de dezembro, aniversário do centauro-poeta)

Um comentário:

Rart og Grotesk disse...

esse cara deve ser o máximo, tbm não o conhecia! vou aproveitar e conhecer o blog dele!

meu blog ta atualizado, se der, dá uma visita lá http://artegrotesca.blogspot.com
bjão!