não consegui tirar a roupa da rua ainda, nem ver tv. não quero me render ao sofá, enquanto tiver olhos para ler. alguém me explica por que quero uma cama de espinhos? alguém me explica por que só o mal chama os meus olhos? deus, como sou cruel. costumes nefastos de enterrar vivos. falei com ele hoje. e se fosse verdade. e se fosse? e se fosse definitivo? estou comendo meus dedos e arrancando o verniz das unhas para afia-las. talvez eu mude outra vez. por que amar o movimento se ele me causa náuseas? eu não desisto da vertigem. notei que me aliei aos odiados. eu, por mim mesma, já era odiada o suficiente. má escolha. sabe quando os solavancos já não fazem sentido e as paradas também não? sabe quando a vida não tem roteiro? e se tem, não é compreensível a mim, como se eu fosse ignorante demais para entender de enredos cults. a vida é um filme de enredo cult. e eu sou ignorante demais para isso. prefiro as morais escancaradas. ouvi dizer em gente que não tem cultura. ouvi isso dum daqueles sanguessugas do poder. queria cuspir na cara dele e dizer que todas as pessoas têm cultura e molha-lo com a minha filosofia antropológica e academicista, mas me conti. ele disse que inteligentes são aqueles que ficam calados. mal sabia ele o que minha boca guardava: um punhado de ofensas prontas para espirrar na cara de âncora dele. sem inteligência nenhuma. só desastre. não quero cumprir deveres. quero extrapolar o script.
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