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sábado, 9 de outubro de 2010

Redação em chamas

Paixão, intriga, mistério, plantões intermináveis, medo de perder o emprego e muito mais. “Redação em chamas” é o primeiro dramalhão mexicano produzido na Colômbia e exibido na televisão brasileira que trata exclusivamente do universo jornalístico. É também a primeira telenovela da história que não tem núcleo rico. Conheça a seguir os atores e os papéis mais importantes do folhetim que vai mexer com as suas emoções:


María José Villegas, a Francisca do caderno de Política, é a mocinha da trama, uma jovem pura que acredita no amor verdadeiro e na independência da imprensa. Ela deixa o interior para trabalhar, como foca, no principal jornal da capital. Em pouco tempo na redação, começa a conhecer os perigos da profissão, como falar mal do político apoiado pela casa. A vida de Francisca muda quando ela troca olhares furtivos com Ramón, o editor-executivo, ao lado da máquina de café. Tem início uma tórrida paixão, ameaçada pelo ciúme e pela ira de María Clara, repórter especial e namorada de Ramón.

Christian Caballos, o Ramón da edição-executiva, é um homem ambicioso que luta, há anos, para chegar ao cargo de diretor de redação, ocupado por seu pai, o senhor Alfredo. Octogenário excêntrico, o pai passa o dia caminhando pela redação com suas pernas mecânicas, fumando um cachimbo fedorento e bulinando estagiárias. O senhor Alfredo não confia na competência do filho e pensa em deixar o cargo a outro sucessor. Ramón, obcecado em conseguir a promoção e a confiança do pai, sofre uma grande transformação quando conhece a ingênua Francisca. Tem início uma tórrida paixão, ameaçada pelo ciúme e pela ira de María Clara, repórter especial e sua namorada.

Erika Mendoza, a María Clara da reportagem especial, é a vilã da trama. Sem talento e ética, conseguiu um cargo importante no jornal apenas por ser a namorada de Ramón. Quase não trabalha e passa o tempo todo na máquina de café, arquitetando planos diabólicos contra o pessoal do núcleo bonzinho, principalmente a doce Francisca. Tem também um relacionamento difícil com o senhor Alfredo por não suportar o fedor de seu cachimbo e a rejeição do velho a seu amado Ramón.

Pepe Morales, o Juan da diagramação, é o filho bastardo do senhor Alfredo com uma prostituta, concebido há mais de 20 anos, quando Alfredo ainda não havia perdido as duas pernas num trágico acidente automobilístico. Juan arruma um emprego no jornal para aproximar-se do pai, mas não tem coragem de fazer tão grande revelação ao velho, que desconhece a paternidade. O senhor Alfredo nutre grande carinho por Juan, a quem sonha um dia transformar em seu sucessor, aumentando o ódio de Ramón.

Pablo Montalba, o Ricardo do caderno de Esportes, integra o núcleo gay da novela. Repórter de futebol, vive em um ambiente machista e atormenta-se pelo fato de não assumir sua homossexualidade. Ao conhecer Carlos, o jovem delicado que passa a ser responsável pelo roteiro cultural do jornal, toma coragem para sair do armário. Ricardo sofrerá grande preconceito, mas seu amor por Carlos triunfará. No fim do folhetim, ele deve protagonizar o primeiro beijo gay jornalístico da televisão brasileira. E colombiana.

Luis Miguel Cárdenas, o Panchito da Fotografia, promete trazer para as redações o debate sobre o mal da dependência química. Mesmo na era da fotografia digital, Panchito, um homem de meia-idade, não consegue largar o vício por agentes químicos usados na revelação dos antigos filmes. Com os olhos vermelhos, o fotógrafo sempre chega atrasado à redação. Vive preso às suas viagens em um quarto de sua casa, onde segue revelando filmes em uma banheirinha de bebê.

Isabel Moreno, a Esmeralda do caderno de Geral, em um dos papéis mais difíceis e emocionantes de sua carreira, descobre, logo nos primeiros capítulos, que tem uma doença incurável e apenas dois meses de vida. Passa a aproveitar cada segundo com muita intensidade. Além de lutar pelo amor de Ricardo – sem saber que o repórter de Esportes é gay – Esmeralda assume o desafio de, enfim, escrever a grande matéria de sua vida. O que não conseguiu em 18 anos de carreira, terá de cumprir agora em 60 dias. Conseguirá?

Justiniano Escobar, o Rodolfo do caderno de Economia, é o destaque do núcleo engraçadinho. Além de contar velhas histórias de jornalistas com humor e sarcasmo, como a do repórter com surdez no ouvido direito que escutava as respostas dos entrevistados sempre pela metade, Rodolfo tem como ponto forte de seu repertório a imitação clandestina que faz do senhor Alfredo, caminhando, todo desajeitado, com suas pernas mecânicas pela redação.
(Texto de Duda Rangel, um jornalista maravilhoso que tece seus delírios cômicos em http://desilusoesperdidas.blogspot.com)

Um comentário:

Andréa Beheregaray disse...

Sim, sim Caio F.

Tenho um blog sobre ele, de um movimento para salvar a casa do Caio aqui em Poa

http://salveacasadocaiofernandoabreu.blogspot.com/

Estou te acompanhando, eu, minha liberdade teu café e tua desordem!

Beijos.