Autodenominado como “preto, gordo e cafajeste”, Tim Maia ou Sebastião Rodrigues Maia, escarrado em uma obra grande, como ele. “Vale Tudo: o som e a fúria de Tim Maia”, do jornalista e produtor musical Nelson Motta, é a biografia de Tim, lançada pela Editora Objetiva, em 2007.
Tijucano, “formado em cornologia, sofrências e deficiências capilares”, Tim trouxe o funk e o soul para o país do carnaval. Exagero em forma de gente, foi o rei do samba-soul. Em Tim Maia, tudo era grande: o corpo, a voz, o coração e a violência de seu espírito impetuoso e grave.
Povoou a minha infância-anos-80. O associava ao meu pai, que também partiu cedo. Lembro do desconforto que sua imagem cedia ao Globo de Ouro ou coisa que o valha: olheiras negras, cotovelos roxos, constelações de suor, esbanjando massa. Tim Maia foi meu pai, que durou pouco, um pouco mais.
No livro, seus abusos, seus excessos. As noites mal dormidas nos metrôs yankees, a solidão dos sofás emprestados, a inspiração delirante, o fanatismo religioso. O auge e a queda, infinitamente. “Ah! / Se o mundo inteiro / Me pudesse ouvir / Tenho muito prá contar / Dizer que aprendi... / E na vida a gente / Tem que entender / Que um nasce prá sofrer / Enquanto o outro ri. / Mas quem sofre / Sempre tem que procurar / Pelo menos vir achar / Razão para viver...”
E ele achou. Amado por multidões, admirado por gerações de intelectuais e analfabetos, Tim fez dançar, fez pensar, fez sentir. Quem o conheceu disse que ele procurava o sossego de uma família que jamais encontrou, dor que se transformou em loucura, em tudo o que foi o cara que ultrapassou os dois dígitos da balança e as estruturas de toda uma época.
Nascido em 28 de setembro de 1942, libriano regido por vênus, quis o amor, cantou o amor e por um amor voraz, esculhambou e morreu. O amor pela vida e pela morte, sondada por ele dia após dia, encontrada finalmente em 15 de março de 1998. Ou quem sabe jamais encontrada, já que Tim Maia, para quem lhe dedica amor, não é nada mais, nada menos do que imortal.
Tijucano, “formado em cornologia, sofrências e deficiências capilares”, Tim trouxe o funk e o soul para o país do carnaval. Exagero em forma de gente, foi o rei do samba-soul. Em Tim Maia, tudo era grande: o corpo, a voz, o coração e a violência de seu espírito impetuoso e grave.
Povoou a minha infância-anos-80. O associava ao meu pai, que também partiu cedo. Lembro do desconforto que sua imagem cedia ao Globo de Ouro ou coisa que o valha: olheiras negras, cotovelos roxos, constelações de suor, esbanjando massa. Tim Maia foi meu pai, que durou pouco, um pouco mais.
No livro, seus abusos, seus excessos. As noites mal dormidas nos metrôs yankees, a solidão dos sofás emprestados, a inspiração delirante, o fanatismo religioso. O auge e a queda, infinitamente. “Ah! / Se o mundo inteiro / Me pudesse ouvir / Tenho muito prá contar / Dizer que aprendi... / E na vida a gente / Tem que entender / Que um nasce prá sofrer / Enquanto o outro ri. / Mas quem sofre / Sempre tem que procurar / Pelo menos vir achar / Razão para viver...”
E ele achou. Amado por multidões, admirado por gerações de intelectuais e analfabetos, Tim fez dançar, fez pensar, fez sentir. Quem o conheceu disse que ele procurava o sossego de uma família que jamais encontrou, dor que se transformou em loucura, em tudo o que foi o cara que ultrapassou os dois dígitos da balança e as estruturas de toda uma época.
Nascido em 28 de setembro de 1942, libriano regido por vênus, quis o amor, cantou o amor e por um amor voraz, esculhambou e morreu. O amor pela vida e pela morte, sondada por ele dia após dia, encontrada finalmente em 15 de março de 1998. Ou quem sabe jamais encontrada, já que Tim Maia, para quem lhe dedica amor, não é nada mais, nada menos do que imortal.
Um comentário:
Tim Maia é imortal, sem dúvida, até aqueles que não gostam, têm que reconhecer seu 'poder'.
aonde viver, sempre o bem, não o maal ♬
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