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quinta-feira, 3 de março de 2011

Aperte o play, boy!


Sim, meus caros. Quem disse que a Playboy – maior revista masculina do Brasil – não tem conteúdo para ser lido? Nada melhor para comprovar que essa é uma mentira deslavada, do que “As 30 melhores entrevistas de Playboy” – coletânea de entrevistas criativas feitas entre agosto de 1975 e agosto de 2005. Tudo bem que entre a revista de ontem e de hoje, segundo os entendidos do Observatório da Imprensa, há um abismo dos mais assustadores.
De qualquer forma, voltemos à obra. É uma edição de colecionador, lançada em 2005 pela Editora Abril, que vi na estante da redação do Sentinela do Oeste – jornal entre a fronteira do Brasil com a Argentina em que trabalhei em 2009. O livro, ao lado de outros, como de Nelson Rodrigues, foi um dos motivos da minha permanência na cidade deserta chamada Palma Sola (SC). O li em um quarto de pensão da Dona Iria, em noites tediosas e solitárias que jamais vou esquecer. Ler as palavras de gente como o próprio Nelson Rodrigues, Henry Miller, Jean-Paul Sartre e Gabriel García Márquez, através das entrevistas, me trouxe um grande alento.
Para quem é jornalista, um livro cheio de ideias de como escrever introduções às entrevistas do tipo pingue-pongue, perguntas interessantes a serem feitas, conhecimento social/histórico através das fontes entrevistadas e muito, mas muito deleite literário. Para o grande público, o mesmo deleite, sem a paranóia, por exemplo, de querer detectar a técnica jornalística utilizada. Além da conversa franca com os entrevistados, fotos majestosas das moçoilas e moçoilos que nem sempre foram as criaturas mais belas do universo no passado, a exemplo de Xuxa – entrevistada que dividiu a capa da obra com Lula e Senna.
São 313 páginas que contém um pouco do mundo artístico, político, esportivo, empresarial e outros, por meio das entrevistas, publicadas na Playboy internacional e nacional, que mostra que tem bem mais do que coelhinhas sexys. Só dá saudade em “As 30 melhores entrevistas de Playboy”, livro organizado pelo jornalista Luiz Rivoiro, pai de João e casado com a também jornalista Angélica Banhara, conforme o PubliFolha.
Rivoiro é formado pela Escola de Comunicações e Artes da USP (Universidade de São Paulo), trabalhou no jornal Folha de S.Paulo e, na Editora Abril, passou pela revista Superinteressante e colabora com a Playboy. Nascido em Ribeirão Preto em 1967, chegou a jogar no Botafogo F.C., mas acabou não seguindo a carreira de goleiro. Também lançou no mesmo ano “Pai é Pai – Diário de um Aprendiz”.

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