Ainda hoje – e não raramente – encontramos resquícios de como foram as relações inter-étnicas no Velho Oeste. Uma relação conturbada, equivocada, que era baseada de um lado pela crença no trabalho penoso, no acúmulo de bens, no colocar cercas para separar o que é meu do que é teu e no poupar para um futuro que não chega; Do outro lado, não querendo enviá-los para o campo dos anjos, mas talvez já enviando-os, afinal tenho minhas propensões íntimas, estavam aqueles que aproveitavam o hoje e amanhã viam o que fazer, aqueles que gostavam de passar suas horas não medidas por engenhocas e que deleitavam-se em aconchegantes redes improvisadas debaixo de uma sombra preguiçosa.
São vulgarmente conhecidos por vadios, vagabundos, bugres, na forma bem pejorativa da palavra. Já os anteriores, recebem nomes pomposos como colonizadores, desbravadores, empreendedores, cuja bugrada era o alvo fácil para conseguirem fisgar seus sonhos mais... digamos... ambiciosos.
Quem sabe não se possa julgá-los já que foram criados sob uma lógica que enaltece o sofrimento, pois através dele é que a alma se purifica e purificando-se é que se chega mais perto do Reino prometido, o Reino de Deus, o Deus que devemos temor porque castiga ao menor sinal de pecado. Pecado... pecado é não trabalhar, relaxar, ser feliz e descansar. Matar, apossar, roubar, enganar... isso não é pecado. Esse Deus não condena violência, estupro, genocídio... isso são só pequenas coisas, percalços do caminho... caminho torto.
Como iniciei dizendo, nos nossos mais insossos dias podemos encontrar pequenas pistas do que foi essa estranha interação. Ouve-se dizer que os índios e caboclos não merecem terras porque eles não sabem cuidar, ao contrário dos italianos e alemães. Que negrada, que rima com cagada, com bugrada e com caboclada, se não faz na entrada faz na saída, tirando-lhe o mérito até nas mais braçais das tarefas. Bugrada, negrada, caboclada, cagada... adágio mais que vagaroso... ladainha interminável que alguém tem que por um fim. Então declaro: Esse é o fim, meu amigo, o fim... pelo menos para esse inacabado texto.
(Texto antigo de Antropologia)
São vulgarmente conhecidos por vadios, vagabundos, bugres, na forma bem pejorativa da palavra. Já os anteriores, recebem nomes pomposos como colonizadores, desbravadores, empreendedores, cuja bugrada era o alvo fácil para conseguirem fisgar seus sonhos mais... digamos... ambiciosos.
Quem sabe não se possa julgá-los já que foram criados sob uma lógica que enaltece o sofrimento, pois através dele é que a alma se purifica e purificando-se é que se chega mais perto do Reino prometido, o Reino de Deus, o Deus que devemos temor porque castiga ao menor sinal de pecado. Pecado... pecado é não trabalhar, relaxar, ser feliz e descansar. Matar, apossar, roubar, enganar... isso não é pecado. Esse Deus não condena violência, estupro, genocídio... isso são só pequenas coisas, percalços do caminho... caminho torto.
Como iniciei dizendo, nos nossos mais insossos dias podemos encontrar pequenas pistas do que foi essa estranha interação. Ouve-se dizer que os índios e caboclos não merecem terras porque eles não sabem cuidar, ao contrário dos italianos e alemães. Que negrada, que rima com cagada, com bugrada e com caboclada, se não faz na entrada faz na saída, tirando-lhe o mérito até nas mais braçais das tarefas. Bugrada, negrada, caboclada, cagada... adágio mais que vagaroso... ladainha interminável que alguém tem que por um fim. Então declaro: Esse é o fim, meu amigo, o fim... pelo menos para esse inacabado texto.
(Texto antigo de Antropologia)
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