pois um dia quero ser dona
de todo o lado oposto da tua negligência
e onde houver silêncio pétreo
que nasçam gritos & sussurros de versos
pois quero quebrar o muro invisível
da tua boca & dos teus ouvidos!
quero transpor a pele de gelo
adentrar nos poros com línguas de fogo
porque da tua frieza
só resta-me a vontade de mostrar-te
que a vida é feita de lava
e que flameja em mim
se da tua indiferença gaia não brotar
o tal calor pulsante, o mesmo que vive aqui
prefiro então desfalecer num canto qualquer da morte
pois outro ser não vejo ao meu lado
vibrando na mesma imensidão de vênus
mas enquanto houver um risco torto de esperança
quero dedicar-me inteira aos teus dias
que eu instale cor por toda a parte
que eu promova explosões de arte
que eu te ame da sala até marte
sem pudor, sem temor & sem fim.
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