Vês, tu te definhas
A poesia já não é capaz
De livrar-te da morte
As paredes são frias
Tuas mãos estão vazias
E os segundos passam
Vestindo-se de anos
Não sabes o que fazer
Como e por que fazer
Então venda teus bens
Pegue o primeiro trem
Vá para bem longe daqui
Comprar um punhado
Das ilusões que crescem
Pendidas nos ares clandestinos
Foges, enquanto é tempo
Que o azul dos olhos dele
Te iluminem o caminho
Que a morte, vestida de veludo
Adie a sua hora marcada
Desligando os seus cordões
Em outra freguesia
Pois, vês, tu te definhas
Enferrujou o sorriso
O semblante, o sentido
O quarto escuro amanhece
Todo dia com os mesmos sons
E luzes que espremem-se
Entre os vãos da veneziana
Viva a poesia bem longe daqui
Mas saiba que teus anjos & demônios
Lhe aguardam na primeira esquina
E ao dobra-la, os levará consigo
No asco ou no delírio dos dias
A poesia já não é capaz
De livrar-te da morte
As paredes são frias
Tuas mãos estão vazias
E os segundos passam
Vestindo-se de anos
Não sabes o que fazer
Como e por que fazer
Então venda teus bens
Pegue o primeiro trem
Vá para bem longe daqui
Comprar um punhado
Das ilusões que crescem
Pendidas nos ares clandestinos
Foges, enquanto é tempo
Que o azul dos olhos dele
Te iluminem o caminho
Que a morte, vestida de veludo
Adie a sua hora marcada
Desligando os seus cordões
Em outra freguesia
Pois, vês, tu te definhas
Enferrujou o sorriso
O semblante, o sentido
O quarto escuro amanhece
Todo dia com os mesmos sons
E luzes que espremem-se
Entre os vãos da veneziana
Viva a poesia bem longe daqui
Mas saiba que teus anjos & demônios
Lhe aguardam na primeira esquina
E ao dobra-la, os levará consigo
No asco ou no delírio dos dias
Um comentário:
Gosta de Manuel Bandeira?
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