ando pelas ruas que já não são minhas que, há poucos minutos, eram tão vivas.
– que tal tomarmos um vinho, ouvir um blues & prosear no relento provinciano?
– bebida & papo furado? tô dentro.
então foram horas ensolaradas caminhando debaixo das densas nuvens poéticas, em um anoitecer abandonado ao lado de uma igreja qualquer, sentados, não-lúcidos, imaculados, como ginsberg & kerouac, à sombra da louca locomotiva do cais, na visão do poente de latas & colinas de frisco. mas agora, agora volto para os meus livros. diminuo as distâncias entre mim & o meu destino a passos cansados, inchados de dor. as luzes são de blues. nos apartamentos, pessoas encaram suas vidas nos domingos à noite, pouco antes de partirem rumo ao rodo compressor novamente. olhos vidrados na tv, a jovem senhora se apavora ao lembrar dos doces anos da infância. “é só isso? aqui acaba a vida?” afinal, seria a vida uma seqüência fodida de programas de auditório, novelas, cuecas sujas, papai-e-mamãe, dormir, acordar, café-com-leite, água-e-sal, feijão-com-arroz, louça suja, secar? enclausurados, humanos enjaulados nas janelas de vidro limpo, a entrar em pânico ao ver “a louca” que segue só, no caminho avesso. “ah, fumarás demais, beberás em excesso”... pouso meus braços que guardam o sol, escamas doentes de lagarto, no balcão de um bar qualquer, antes de ir derradeira ao leito frio de verão, sem ele, blues, sem ele.
– que tal tomarmos um vinho, ouvir um blues & prosear no relento provinciano?
– bebida & papo furado? tô dentro.
então foram horas ensolaradas caminhando debaixo das densas nuvens poéticas, em um anoitecer abandonado ao lado de uma igreja qualquer, sentados, não-lúcidos, imaculados, como ginsberg & kerouac, à sombra da louca locomotiva do cais, na visão do poente de latas & colinas de frisco. mas agora, agora volto para os meus livros. diminuo as distâncias entre mim & o meu destino a passos cansados, inchados de dor. as luzes são de blues. nos apartamentos, pessoas encaram suas vidas nos domingos à noite, pouco antes de partirem rumo ao rodo compressor novamente. olhos vidrados na tv, a jovem senhora se apavora ao lembrar dos doces anos da infância. “é só isso? aqui acaba a vida?” afinal, seria a vida uma seqüência fodida de programas de auditório, novelas, cuecas sujas, papai-e-mamãe, dormir, acordar, café-com-leite, água-e-sal, feijão-com-arroz, louça suja, secar? enclausurados, humanos enjaulados nas janelas de vidro limpo, a entrar em pânico ao ver “a louca” que segue só, no caminho avesso. “ah, fumarás demais, beberás em excesso”... pouso meus braços que guardam o sol, escamas doentes de lagarto, no balcão de um bar qualquer, antes de ir derradeira ao leito frio de verão, sem ele, blues, sem ele.
Um comentário:
que massa!
seu blog é coisa fina.
esses caras são foda! representam muito prá mim.
até a próxima.
p.s: sou pirado pelo efraim medina.
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