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sábado, 22 de novembro de 2008

o retorno



era assim todo dia, quando chegava perto da meia-noite. esperava o retorno que não era o do i ching. ou talvez fosse. olhava como um cão abandonado para o céu, esperando respostas. ali chorava, questionava, enraivecia, fazia pedidos tolos. as estrelas jamais respondiam, somente brilhavam, simples, como devem ser. seu peito era obeso de saudades. dali, saudades pendiam, se derramavam em gotas, em crias, em dores. será que ela estaria sozinha neste suplício? será que ele voltaria? já estava na fase de pensar em encher a cara, de viver de porre. mas beber sozinha era deprimente e beber com os amigos resultaria em lamúrias noite à dentro, expondo todos os podres tão bem escondidos até então. e assim se passavam horas, dias, semanas, meses, cem anos de solidão...

Um comentário:

Girino original disse...

eu, na minha pequenez, achei o máximo tuas palavras, sua maldita! ouvi uma música que lembrei de vc... do caetano, "tigresa"...