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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Guarda-te-lá é apresentada em São Paulo


Para Rachel Kleinubing, a exposição na capital paulista é um reconhecimento do valor artístico do trabalho

Depois da exposição fotográfica “Guarda-te-lá”, em agosto de 2010, na Casa + Arte Galeria, a jornalista e fotógrafa Rachel Kleinubing recebeu uma sugestão da marchand Mirian Soprana para que inscrevesse suas obras no Salão de Verão 2011 da Organização Paulista de Arte e Galeria Malli Vilas-Bôas, em São Paulo.
E foi o que ela fez. Entre 208 artistas, apenas 34 foram escolhidos e, uma delas, era Rachel, que ganhou o Prêmio Destaque em Criatividade do Salão de Verão, em fevereiro deste ano. Agora, ela participa da exposição “Pintura, Fotografia, Detalhes...”, com as obras de “Guarda-te-lá”, ao lado de Beth Sallai, artista que ficou em primeiro lugar no Salão de Verão.
A exposição acontece na Galeria Malli Villas-Bôas na capital paulista. O coquetel de abertura aconteceu no dia 14 de abril. As obras da fotógrafa chapecoense ficam em exposição de 15 a 30 desse mês, de segunda a sexta, das 11h às 21h; sábado, das 13h às 22h. O evento tem apoio da Secretaria do Estado da Cultura, Governo do Estado de São Paulo e Sinapesp (Sindicato dos Artistas Plásticos do Estado de São Paulo).

Uma volta no tempo e no espaço

Rachel deu seus primeiros passos em direção à fotografia no laboratório de Fotojornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR), onde pôde fazer suas experiências fotográficas. De lá para cá, muita estrada foi percorrida.
As fotos que compõem a exposição de Rachel foram feitas para o Projeto Experimental de Conclusão do Curso de Jornalismo. Uma grande reportagem fotográfica intitulada “Guartelá – Formas Desnudas”. “Foi custoso. Naquela época de universitária, tudo era oneroso. Usei 10 rolos de filme de 36 poses e isso na época era muita foto... E havia ainda o custo do papel fotográfico!”, revela a fotógrafa, lembrando a diferença entre a fotografia de meados dos anos 1990 em comparação à fotografia digital de hoje.
Na época, contatou empresas paranaenses em busca de patrocínio, mas nada conseguiu. Seu trabalho, muito ousado para a conservadora Ponta Grossa de 1996, só ganhou uma exposição 15 anos depois, na Casa + Arte, em 2010. Para realizar a exposição, as obras de “Guarda-te-lá” foram scanneadas de pequenas cópias, o que atribui a elas ainda mais valor. São obras que surgiram de um processo complexo, cujas tiragens são mínimas.
Para Rachel, a exposição em São Paulo é uma confirmação do valor artístico do trabalho como fotógrafa. Mais do que as obras de “Olhar de Contemplação”, exposição anterior de Rachel que apresenta um olhar particular para cenas reais, as obras de “Guarda-te-lá” têm uma linguagem artística mais apurada, pois são cenas criadas e intencionais. Em todo esse tempo em que o trabalho ficou guardado, Rachel também guardou alguma certeza, uma certa esperança de que haveria o momento certo de apresentá-lo. “Este reconhecimento de agora me faz pensar que essa esperança fazia sentido e que este é o momento perfeito”.

Conheça um pouco mais do universo da artista em seu portfólio na Web: http://rachelkleinubing.olhares.com

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