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sábado, 12 de dezembro de 2009


vai ser melhor te ver partir do que te ver chegar. a chuva que agora me molha e estremece amanhã me acalmará. da próxima vez não sairei correndo na tempestade, da próxima vez não será teu rosto que estarei procurando entre as lágrimas de sal. decido te tirar do jogo, carta marcada. sou a dona do jogo, sou outra e outra e outra. minha história escrevo sem tua sombra, meu conto terá outro personagem. (a tela fria, luminosa, me ofende. lousa em branco ansiosa pela tinta negra do meu insight, meu mar de acordes tempestuosos.) vai, se você precisa ir. vai e não volte. me envolvo nessa malha impermeável, o sol bate e eu aspiro o calor que queima. odeio verão. odeio esses dias e as chuvas passageiras. e agora te odeio. vou ler poemas ao luar e esperar pelo inverno. ah, as luas e estações que me interferem, maga branca dos infernos. vou ler as cartas de novo, vou tentar não te ver entre os reis. louco, ancião, eremita, morra na torre fulminada.


com mágoas que usam bóias,
uma certa garota.

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