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segunda-feira, 29 de junho de 2009

estranhas, cores, fantásticas II

não sei com que olhos olhar o mundo
não sei quais são os olhos do mundo
se de estranhas cores fantásticas
os meus se pintam, romanticamente
o que posso fazer senão observar a paisagem
que se abre diante dessas pálpebras
feitas de puro encantamento?

agradeço o doce dos dias
o deleite, o azedo das horas
e também ao caminho do meio
agradeço no cair da tarde
nesse cenário em tons de púrpura
bem no meio do meu jardim
de amarelo-musgo-verde-ouro

vejo o mundo surrealista, se derretendo todo
como uma criança que nasce a todo instante
para os mistérios da vida e da morte
e o que posso fazer senão nascer de novo
todos os dias para esse mundo que invento?

me ensine, se puderes, com tua veia realista
mas se não puderes, me deixe aqui quieto
pousada insone nesse sono de cores
estranhas, cores, fantásticas

e a barca do sol virá nos pegar
nos levará de volta para o lugar de onde viemos
e correremos como crianças loucas da noite
no resto de sonho que tua razão deixou

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