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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Fé(zes)

A minha vida inteira tenho notado que as pessoas que se dizem mais religiosas são, na verdade, as mais perversas. Apresentam traços fortes de egoísmo e de preconceito, criam amizades por interesse e possuem forte apego material. Acredito que a religião é usada como um recurso que lhes daria, erroneamente, a possibilidade de serem perversas, como se elas, ao se proclamarem religiosas, tivessem uma espécie de aval para tanto. Frases inacreditáveis são proferidas pelas bocas dos ditos apegados a deus, mostrando desrespeito às diferenças, desrespeito ao ser humano. Afinal, que deus é esse que se agarram? Jamais me disse religiosa. Por um longo tempo, me disse atéia, tamanho era o asco que sentia ao ver religiosos se achando superiores, a ponto de tratarem pessoas como eu como lixo. Superioridade? Quem pode se dizer superior em um mundo tão efêmero, em que todos nós estamos fadados à cova? As melhores pessoas que conheci não eram religiosas. As melhores pessoas que conheci não tinham grandes certezas. As melhores pessoas que conheci não pertenciam aos templos, aos reinos, à alta sociedade. Quantas mortes foram, são e ainda serão justificadas pela religião? Quantos mais serão massacrados por seguidores de uma suposta fé? 

3 comentários:

Vinícius M. Caldart disse...

Concordo plenamente com suas palavras. E essas pessoas não conseguem sequer justificar sua fé razoavelmente. Eu acredito na hipótese de que a fé religiosa, a crença em Deus, possa ser uma mecanismo de defesa que ajuda o indivíduo a sentir-se melhor diante da indiferença com que a vida trata suas angústias e frustrações. Na psicologia evolutiva existem teorias interessante acerca da origem desse comportamento bizarro da humidade: a fé religiosa.

Anna Blume disse...

O pior é como se unem em uma comunidade que ao invés de dividir e socializar o que quer que seja entre elas mesmas, unem se contra O OUTRO. Querem poribir outras pessoas de serem o que são, ao invés de se preocuparem com elas mesmas - como foi o caso da manifestação evangelica contra a Parada Gay e a Marcha da Liberdade. Pessoas que se unem não para reivindicar algo que lhes seja caro, mas para lutar pela repressão de outros. Não dá pra entender.

Sasha Portrait disse...

Em relação ao apego material, é mesmo verdade, todos eles parecem querer proclamar em voz alta todos os bens que tem, e até mesmo nos cultos, é possível ver o quanto dão valor para a prosperidade material, isso para mim é um pouco questionável. Em relação ao fato de sempre condenarem as diferenças, é realmente verdade, mas já conheci muitos religiosos que mostraram respeitar muito bem os aspectos até mais esdrúxulos de alguns amigos, ou pelo menos fingiram muito bem. O ruim, é o fanatismo, seja dentro da religião ou fora dela. Qualquer exagero é dispensável e prejudicial.
A fé eu não condeno.
ótimo post. =]