tenho lidado com as mentes mais doentias, com os jogos de estratégia mais complexos, com risos de escárnio, pratos quebrados, não há vagas. longe da minha máquina de escrever, bocas estranhas no largo da rua, questão de esquecer escritos, tv fora do ar, modo em vídeo e nada mais. queria te contar, meu bem: não se importe. das recusas, silêncios, negativas e ausências, decorei os roteiros. é bom que saiba que não é de ti que me lembro quando ouço aquela música ou quando aquele perfume vem no meio da sala ou quando olho da janela do décimo quarto andar, quando meus olhos são mais um ponto de luz assimétrico na noite escura. desculpe, baby. não é de que ti que me lembro. não sei qual é o nome do meu grande amor, mas não é teu nome que eu chamo. o que posso te dar: algumas conversas intermináveis, silêncios maiores ainda, meu colo macio, meu riso sincero. posso te emprestar a minha desordem e meus cigarros baratos, te peço uma xícara de café e um pouco do teu doce pra enfeitar a noite. se tu me quiseres ou me esqueceres, diferença já não vejo. sabes, as nuances dos opostos perdem o brilho depois dos 25. não faz diferença. nessas horas não se fala em paixões. não mais. só fica alguma dose de respeito, consideração, planos tolos e impraticáveis, teu convite pro cinema na mão esquerda e o resto do mundo escrito na outra...
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