e as bochechas adotaram o conhecido tom rubro outra vez. timidez & saudade misturam-se numa dança infernal, nas montanhosas viagens da mente da garotinha imersa nas tintas quentes do seu mundo palidamente colorido. ah, quem dera ser uma de suas paixões, quem dera repousar nos teus lábios poéticos, a esculpir os mais belos & obscuros versos nessas madrugadas insanas em que passamos juntos, ainda que distantes, meu amor. fico só, a máquina de escrever a furar a noite com seu som incandescentemente literário. fico com o meu café, meu coração gélido de dor pela ausência do amor que jamais veio ao meu encontro. fico só no meu leito, a analisar o vago divã cor de flamboyant. mas não, não temas. não há porque responder ao chamado já não sou uma donzela em perigo, sou o monstro que a exilou nessa masmorra sem vida feita de pó, lembranças. o que resta-me é o ópio nessas noites de verão, e que venha a transgressão da consciência, traga-me sonhos venais com o mocinho que bate a porta imaginária do meu ser. e fez-se a poesia mais sincera para ti, meu amor, para ti.
Um comentário:
gostei deste, metáfora interessante...
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