Escolhido no barbante, Arisi foi o primeiro vice-prefeito de Salgado Filho. O aposentado conta a história dos seus 79 anos
Conhecer a vida de Luiz Hermete Arisi é conhecer um pouco da história de Salgado Filho (PR). Com alguma dificuldade, entrevistamos o primeiro vice-prefeito do município, que teve perda significativa da audição – um problema hereditário, potencializado por conta dos derrames que sofreu. Apoiado em sua bengala, o homem atrás dos olhos azuis e do cabelo grisalho é um interessante personagem da região, exemplo de amizade e de luta.
Vindo do Rio Grande do Sul, Luiz Hermete Arisi chegou em Salgado Filho – pertencente ainda ao município de Barracão (PR) – em 28 de dezembro de 1958, já com a intenção de ser comerciante. Ex-motorista de ônibus, Arisi enfrentou dificuldades financeiras no Rio Grande do Sul. Aceitando o convite de um cunhado que morava na região e tinha um pequeno comércio. Abriu então em Salgado Filho a firma Comércio e Exportação de Cereais Fronteira LTDA, com o cunhado e um sócio que morava em Marmeleiro (PR). Do Rio Grande, trouxe um caminhão novo, que serviu como ferramenta de trabalho nas terras paranaenses.
Em 1958, o gaúcho nascido em Marau (RS) a 5 de maio de 1930, aos 28 anos, já era casado e tinha um filho. A esposa conheceu ainda no tempo de escola. Teve seis filhos, três homens e três mulheres, onze netos e dois bisnetos. Mas foi mesmo o trabalho que ocupou boa parte da vida de Luiz. “Naquele tempo, tudo era difícil. As estradas eram conservadas a braço. Então faça ideia: um caminhão no meio de tocos e paus”.
Depois de muito esforço, os lucros começaram a aumentar. “Quase dobramos o capital”, conta Arisi. A abrangência da companhia era grande, principalmente nas bodegas do interior. Mais caminhões foram comprados e os destinos das viagens se tornaram mais distantes. “Eu tinha um cunhado, José Santin, já falecido, que viajava nessas estradas. Ia para o Rio de Janeiro com aquele Mercedão carregado de feijão”.
Com muito trabalho e muita luta, Arisi começou a ficar conhecido. “Agora estou careca e andando de bengala, mas trabalhei muito. Não só no comércio, mas na política também”. Depois de sofrer ataque epilético, ele acabou vendendo o caminhão.
E a política o pegou...
“A vida não é a gente que escolhe, parece que é o destino que escolhe. Em 1964, a política me pegou. Aquela foi a maior besteira que eu fiz”, lança Arisi, o primeiro vice-prefeito de Salgado Filho. Tudo começou em uma reunião para a qual foi convidado sem saber o motivo. “Eu fui pra conhecer o tal de deputado Arnaldo Busatto*, mas eu não sabia que a finalidade maior da reunião era para escolher um candidato a vice-prefeito e apresentar o candidato a prefeito que ele tinha escolhido [Adolfo Rosewicz]”.
“Fui lá na reunião, fiquei meio para trás, o pessoal começou a conversar e a conversar. Fiquei gostando da conversa. Depois de apresentar o candidato a prefeito, ele disse que queria escolher o candidato a vice. Conversa com um, conversa com outro, conversa aqui e conversa ali. Ninguém se ofereceu. ‘Mas então me apontem um. Um desses aqui está bom’, Busatto disse. Ninguém falava. Quieto. Eu estava ali meio sem saber de nada, não entendia de política naquele tempo. O deputado tinha um barbante e fazia um trançado no dedo. E trançava e trançava e trançava. De repente, ele disse mais uma vez: ‘Vamos, vamos. Escolham o candidato a vice. O Dr. Adolfo está esperando para conhecer o candidato a vice de vocês. Essa é a nossa terra, é a terra de vocês...’, dizia ele, com aquele barbante. Olhou pra um, olhou pra outro. ‘Mas vocês não vão escolher mesmo o candidato? Então escolho eu’. Ele pegou aquele barbante, abriu e me lançou. ‘É esse aqui.’ Foi mais do que me jogarem um balde de água quente no rosto. Fiquei vermelho que nem um peru. Falei: ‘Ih, eu não. Eu não entendo nada de política’. E o deputado: ‘Não precisa entender, nós te ensinamos’”, relata Luiz Arisi, aplaudido por todos na ocasião.
Em 1960, as primeiras eleições municipais tiveram no total 786 votos, incluindo as comunidades de Flor da Serra e Manfrinópolis, que mais tarde emanciparam-se. Uma só área, com um total de 468 quilômetros quadrados, pertencentes à comarca de Santo Antônio. Um tempo em que prefeito e vice eram escolhidos separadamente. “O prefeito tinha uma cédula e o vice tinha outra cédula. Tinha que se eleger mesmo, não é que nem hoje que um vai na garupa do outro”.
Adolfo Rosewicz havia vindo de Curitiba. Um médico que não votava em Salgado Filho. Pela sorte de Arisi, o primeiro prefeito havia sido vereador em Curitiba e conhecia um pouco de política. Já o candidato a prefeito do outro partido, amigo de Arisi, era farmacêutico. “Ele era farmacêutico, mas o outro era médico”, justificando a escolha do povo. “Ganhamos as eleições. Não muito folgado, mas ganhamos. Dr. Adolfo ganhou com 69 fotos e eu com 71”.
Só que depois da campanha e da vitória, vieram as responsabilidades. Os novos governantes tomaram posse na Comarca de Santo Antônio. Chegando em Salgado Filho, prefeito, vice e vereador não tinham onde ir. Não havia prefeitura. Era uma terra sem lei. “Não tinha um lápis, um papel ou uma caneta que se podia dizer que era da prefeitura. Nada, nada, nada”, se empolga Arisi, batendo a bengala contra o chão.
Era hora de trabalhar. Alugaram uma sala de dois cômodos para instalar a prefeitura. Ali funcionava tudo. O tempo foi passando e “o médico de Curitiba” não agüentou o fardo. “Ele consultava muitas pessoas, mas ninguém perguntava: ‘Quanto é que custa?’ E o salário do prefeito estava atrasado”.
No início da década de 60, não havia ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços). “Era um tal de Artigo 20. Tinha que ir no estado, conversar com o deputado para conseguir as verbas de retorno. Até quando entrou a nova constituição, com o presidente Castelo Branco, os prefeitos não recebiam um centavo sequer de ICMS e nem do fundo de participação dos municípios (FPM) chamado de Artigo 15. A arrecadação da prefeitura vinha um pouco de alvarás e depois da aprovação de uma lei, conseguimos cobrar uma taxa rodoviária anual, para a construção de estradas. A ‘sorte’ é que na época vereador não recebia salário.”
Após Dr. Adolfo ter abandonado o cargo de prefeito, em 1966, com algumas dívidas no caixa, Arisi assumiria em seu lugar. Com a revolução de 1964, tudo mudou, inclusive as questões econômicas da prefeitura. A partir daí, Arisi veria dinheiro. Com o fundo de participação dos municípios, já não era preciso ir até Curitiba pedir a verba. Vinha tudo direto para o banco. “Com dinheiro, a gente vira bom prefeito”.
Terminando esse mandato, Luiz pôde se candidatar novamente, vindo a se eleger em 1968. Comprou patrolas e tratores de esteira para construção de estradas. Ser prefeito em pleno período militar, segundo Arisi, não foi tarefa difícil. “Pra mim, o Regime Militar fez o Brasil crescer. Não havia interesse próprio e sim o interesse da nação”.
Nesse período, Luiz conseguiu apertar a mão de três presidentes da República. “Um deles não foi bom: O tal de Arthur da Costa e Silva. E era gaúcho ainda o danado. Um dia, ele reuniu toda a prefeitaiada do Paraná, lá em Curitiba, e passou a conversa em nós. Naquele tempo, as prefeituras recebiam 20% da arrecadação da nação (FPM – Fundo de Participação dos Municípios), que era distribuído para os municípios. Ele disse que era preciso dar um corte na arrecadação porque queria pagar as dívidas do Brasil. Cortar ele cortou, mas dívida do Brasil acho que ele não pagou foi nada”.
A porcentagem do FPM nunca mais voltou a ser a mesma. De 20%, ficou em 10%, ou seja, foi cortada pela metade. “Aí ficou difícil, porque o pessoal estava acostumado a ser bem atendido e tocou de encurtar a corda. Não era fácil. Área grande, bastante gente para atender, mas com jeito ia. Já tinha experiência, sabia onde ir, os deputados me conheciam... mas tudo termina”, diz Arisi, depois de uma longa pausa.
Depois do fim da carreira política, Arisi foi passar um tempo em suas terras. “Eu fui me esconder, porque eu não agüentava mais conversar com o povo. Troquei as conversas com o povo, pelas conversas com os bois. O tal de ser prefeito tem horas que é bom, mas tem horas que não presta”. Atualmente, um dos filhos de Arisi, Alberto (Beto), é prefeito de Salgado Filho. “Agora, tem os computadores que ajudam, a internet... No meu tempo não tinha isso, tinha só aquela maquininha de bater, nem mimeografo tinha para fazer uma cópia”.
E o que Arisi deixa depois de uma vida de experiências inusitadas, viagens e contato com tantas pessoas? “Para conhecer bem a pessoa, é preciso fazer negócio. Quando se faz o negócio certo, a pessoa fica amiga. Quando a gente consegue mais um amigo, é mais uma alegria no coração. Quando não se tem amigo, não se tem vida. E quando a maioria é amigo, a gente se sente bem e gosta de viver. O que eu sei é isso, a experiência da vida. Eu gosto de Salgado Filho porque gosto das pessoas que vivem comigo. Eu não vou sair daqui, não. Vou ficar em Salgado Filho até o fim da vida. Já pensei até na minha morada do fim da vida. Tenho minha capelinha pronta no cemitério, vou ficar junto daqueles amigos que eu conheci e que já estão lá...”.
Vindo do Rio Grande do Sul, Luiz Hermete Arisi chegou em Salgado Filho – pertencente ainda ao município de Barracão (PR) – em 28 de dezembro de 1958, já com a intenção de ser comerciante. Ex-motorista de ônibus, Arisi enfrentou dificuldades financeiras no Rio Grande do Sul. Aceitando o convite de um cunhado que morava na região e tinha um pequeno comércio. Abriu então em Salgado Filho a firma Comércio e Exportação de Cereais Fronteira LTDA, com o cunhado e um sócio que morava em Marmeleiro (PR). Do Rio Grande, trouxe um caminhão novo, que serviu como ferramenta de trabalho nas terras paranaenses.
Em 1958, o gaúcho nascido em Marau (RS) a 5 de maio de 1930, aos 28 anos, já era casado e tinha um filho. A esposa conheceu ainda no tempo de escola. Teve seis filhos, três homens e três mulheres, onze netos e dois bisnetos. Mas foi mesmo o trabalho que ocupou boa parte da vida de Luiz. “Naquele tempo, tudo era difícil. As estradas eram conservadas a braço. Então faça ideia: um caminhão no meio de tocos e paus”.
Depois de muito esforço, os lucros começaram a aumentar. “Quase dobramos o capital”, conta Arisi. A abrangência da companhia era grande, principalmente nas bodegas do interior. Mais caminhões foram comprados e os destinos das viagens se tornaram mais distantes. “Eu tinha um cunhado, José Santin, já falecido, que viajava nessas estradas. Ia para o Rio de Janeiro com aquele Mercedão carregado de feijão”.
Com muito trabalho e muita luta, Arisi começou a ficar conhecido. “Agora estou careca e andando de bengala, mas trabalhei muito. Não só no comércio, mas na política também”. Depois de sofrer ataque epilético, ele acabou vendendo o caminhão.
E a política o pegou...
“A vida não é a gente que escolhe, parece que é o destino que escolhe. Em 1964, a política me pegou. Aquela foi a maior besteira que eu fiz”, lança Arisi, o primeiro vice-prefeito de Salgado Filho. Tudo começou em uma reunião para a qual foi convidado sem saber o motivo. “Eu fui pra conhecer o tal de deputado Arnaldo Busatto*, mas eu não sabia que a finalidade maior da reunião era para escolher um candidato a vice-prefeito e apresentar o candidato a prefeito que ele tinha escolhido [Adolfo Rosewicz]”.
“Fui lá na reunião, fiquei meio para trás, o pessoal começou a conversar e a conversar. Fiquei gostando da conversa. Depois de apresentar o candidato a prefeito, ele disse que queria escolher o candidato a vice. Conversa com um, conversa com outro, conversa aqui e conversa ali. Ninguém se ofereceu. ‘Mas então me apontem um. Um desses aqui está bom’, Busatto disse. Ninguém falava. Quieto. Eu estava ali meio sem saber de nada, não entendia de política naquele tempo. O deputado tinha um barbante e fazia um trançado no dedo. E trançava e trançava e trançava. De repente, ele disse mais uma vez: ‘Vamos, vamos. Escolham o candidato a vice. O Dr. Adolfo está esperando para conhecer o candidato a vice de vocês. Essa é a nossa terra, é a terra de vocês...’, dizia ele, com aquele barbante. Olhou pra um, olhou pra outro. ‘Mas vocês não vão escolher mesmo o candidato? Então escolho eu’. Ele pegou aquele barbante, abriu e me lançou. ‘É esse aqui.’ Foi mais do que me jogarem um balde de água quente no rosto. Fiquei vermelho que nem um peru. Falei: ‘Ih, eu não. Eu não entendo nada de política’. E o deputado: ‘Não precisa entender, nós te ensinamos’”, relata Luiz Arisi, aplaudido por todos na ocasião.
Em 1960, as primeiras eleições municipais tiveram no total 786 votos, incluindo as comunidades de Flor da Serra e Manfrinópolis, que mais tarde emanciparam-se. Uma só área, com um total de 468 quilômetros quadrados, pertencentes à comarca de Santo Antônio. Um tempo em que prefeito e vice eram escolhidos separadamente. “O prefeito tinha uma cédula e o vice tinha outra cédula. Tinha que se eleger mesmo, não é que nem hoje que um vai na garupa do outro”.
Adolfo Rosewicz havia vindo de Curitiba. Um médico que não votava em Salgado Filho. Pela sorte de Arisi, o primeiro prefeito havia sido vereador em Curitiba e conhecia um pouco de política. Já o candidato a prefeito do outro partido, amigo de Arisi, era farmacêutico. “Ele era farmacêutico, mas o outro era médico”, justificando a escolha do povo. “Ganhamos as eleições. Não muito folgado, mas ganhamos. Dr. Adolfo ganhou com 69 fotos e eu com 71”.
Só que depois da campanha e da vitória, vieram as responsabilidades. Os novos governantes tomaram posse na Comarca de Santo Antônio. Chegando em Salgado Filho, prefeito, vice e vereador não tinham onde ir. Não havia prefeitura. Era uma terra sem lei. “Não tinha um lápis, um papel ou uma caneta que se podia dizer que era da prefeitura. Nada, nada, nada”, se empolga Arisi, batendo a bengala contra o chão.
Era hora de trabalhar. Alugaram uma sala de dois cômodos para instalar a prefeitura. Ali funcionava tudo. O tempo foi passando e “o médico de Curitiba” não agüentou o fardo. “Ele consultava muitas pessoas, mas ninguém perguntava: ‘Quanto é que custa?’ E o salário do prefeito estava atrasado”.
No início da década de 60, não havia ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços). “Era um tal de Artigo 20. Tinha que ir no estado, conversar com o deputado para conseguir as verbas de retorno. Até quando entrou a nova constituição, com o presidente Castelo Branco, os prefeitos não recebiam um centavo sequer de ICMS e nem do fundo de participação dos municípios (FPM) chamado de Artigo 15. A arrecadação da prefeitura vinha um pouco de alvarás e depois da aprovação de uma lei, conseguimos cobrar uma taxa rodoviária anual, para a construção de estradas. A ‘sorte’ é que na época vereador não recebia salário.”
Após Dr. Adolfo ter abandonado o cargo de prefeito, em 1966, com algumas dívidas no caixa, Arisi assumiria em seu lugar. Com a revolução de 1964, tudo mudou, inclusive as questões econômicas da prefeitura. A partir daí, Arisi veria dinheiro. Com o fundo de participação dos municípios, já não era preciso ir até Curitiba pedir a verba. Vinha tudo direto para o banco. “Com dinheiro, a gente vira bom prefeito”.
Terminando esse mandato, Luiz pôde se candidatar novamente, vindo a se eleger em 1968. Comprou patrolas e tratores de esteira para construção de estradas. Ser prefeito em pleno período militar, segundo Arisi, não foi tarefa difícil. “Pra mim, o Regime Militar fez o Brasil crescer. Não havia interesse próprio e sim o interesse da nação”.
Nesse período, Luiz conseguiu apertar a mão de três presidentes da República. “Um deles não foi bom: O tal de Arthur da Costa e Silva. E era gaúcho ainda o danado. Um dia, ele reuniu toda a prefeitaiada do Paraná, lá em Curitiba, e passou a conversa em nós. Naquele tempo, as prefeituras recebiam 20% da arrecadação da nação (FPM – Fundo de Participação dos Municípios), que era distribuído para os municípios. Ele disse que era preciso dar um corte na arrecadação porque queria pagar as dívidas do Brasil. Cortar ele cortou, mas dívida do Brasil acho que ele não pagou foi nada”.
A porcentagem do FPM nunca mais voltou a ser a mesma. De 20%, ficou em 10%, ou seja, foi cortada pela metade. “Aí ficou difícil, porque o pessoal estava acostumado a ser bem atendido e tocou de encurtar a corda. Não era fácil. Área grande, bastante gente para atender, mas com jeito ia. Já tinha experiência, sabia onde ir, os deputados me conheciam... mas tudo termina”, diz Arisi, depois de uma longa pausa.
Depois do fim da carreira política, Arisi foi passar um tempo em suas terras. “Eu fui me esconder, porque eu não agüentava mais conversar com o povo. Troquei as conversas com o povo, pelas conversas com os bois. O tal de ser prefeito tem horas que é bom, mas tem horas que não presta”. Atualmente, um dos filhos de Arisi, Alberto (Beto), é prefeito de Salgado Filho. “Agora, tem os computadores que ajudam, a internet... No meu tempo não tinha isso, tinha só aquela maquininha de bater, nem mimeografo tinha para fazer uma cópia”.
E o que Arisi deixa depois de uma vida de experiências inusitadas, viagens e contato com tantas pessoas? “Para conhecer bem a pessoa, é preciso fazer negócio. Quando se faz o negócio certo, a pessoa fica amiga. Quando a gente consegue mais um amigo, é mais uma alegria no coração. Quando não se tem amigo, não se tem vida. E quando a maioria é amigo, a gente se sente bem e gosta de viver. O que eu sei é isso, a experiência da vida. Eu gosto de Salgado Filho porque gosto das pessoas que vivem comigo. Eu não vou sair daqui, não. Vou ficar em Salgado Filho até o fim da vida. Já pensei até na minha morada do fim da vida. Tenho minha capelinha pronta no cemitério, vou ficar junto daqueles amigos que eu conheci e que já estão lá...”.
* Arnaldo Busatto fundou o município, era médico, representava Salgado Filho e a região, ficando a frente do comando político.
(Publicado no Sentinela do Oeste em 8 de outubro de 2009)
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