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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Elas ficaram no passado. Ou não?



Nostalgia e romantismo. É nesse cenário que as máquinas de escrever sobrevivem. Se outrora elas eram cobiçadas pela utilidade, hoje são cobiçadas pela paixão ao passado

Recentemente, a empresa indiana Godrej and Boyce encerrou as atividades em Mumbai, Índia. A imprensa divulgou que ela era a última fabricante de máquinas de escrever do mundo. Agora, as máquinas, que um dia foram objetos tão cobiçados pela utilidade e tecnologia, ficaram definitivamente no passado?
Não para Maria Zin, que trabalha no atendimento de em um antiquário de Chapecó. Ela diz que as máquinas de escrever se transformaram em objetos de fetiche, sobrevivendo através da nostalgia e do romantismo. Fetiche principalmente entre jovens. “Os jovens aderem às máquinas de escrever e outros objetos antigos para decoração de ambientes. Eles valorizam aquilo que os pais já esqueceram”, afirma Maria, acreditando que a máquina de escrever é um objeto atemporal.
Ela se sente “saindo da era dos dinossauros” quando se depara com um computador. Aos 46 anos, tem mais intimidade com a máquina de escrever do que com o computador. Quando tinha 16 fez curso de datilografia, pois, naquela época, não se entrava no mercado de trabalho sem apresentar o certificado do curso. E que diferença observa após 30 anos!
Adora objetos antigos. Tanto, que o emprego no antiquário surgiu dessa paixão. “O proprietário sabia desse meu apreço por objetos antigos e por isso me chamou para trabalhar aqui”, revela. Apesar de todas as novidades em computadores que surgem dia após dia, Maria entende que as máquinas de escrever ainda são úteis. E com uma vantagem: o preço baixo. Nesse antiquário, uma máquina de escrever custa em torno de R$ 100.

Objetos antigos contam histórias

Rodolfo Dalcin, 23 anos, é um apaixonado por objetos antigos, algo que herdou de sua mãe. Ele chegou ao antiquário e simplesmente ignorou a TV de plasma tela plana que estava em uma das mesas, já que gosta mesmo de máquinas de escrever, TVs, rádios e toca-discos antigos. “É diferente de comprar algo em uma loja comum. Os objetos antigos contam histórias. Os novos, não têm a mesma magia”. 

2 comentários:

Rounds disse...

eu ainda vou colocar o som de uma máquina de datilografar aqui no teclado do meu notebook. não sei como, mas vou. acho massa.

;)

canbeck disse...

Fabita troque o susto pela alegria de encontrar belas idéias em marcantes textos. sou apaixonado por máquina de escrever, também fiz o lendário curso de datilografia que me contagiou mais ainda nesse mundo das digitadas.... nessa era digital sinto falta daquele barulhinho do tec tec do grande icq, grande saudades que sempre permanecerá conosco.. grande abraço.